É claraboia ou é domos?
Depende... Segundo alguns, ou é tudo a mesma coisa, segundo outros, não. Alguns textos na literatura especializada em arquitetura definem domos como o espaço entre uma estrutura e outra coberto por uma “estrutura que permite a entrada de luz, ou ar” e que age como uma espécie de ajudante no caimento da chuva.
Assim, em um telhado, a parte do cume, que divide este telhado em dois lados, se for transparente – seja de vidro e metal, por exemplo – e permitir a entrada de luz, e tiver ainda aberturas controláveis, para a entrada de ar, pode ser chamada de domos.
Deixando de lado esta questão, podemos pensar que um domo é uma claraboia mais ‘comprida’. Normalmente, vemos pessoas acostumadas a ideia de claraboia como uma estrutura circular, abobadada, e, os domos, como estruturas retangulares, também abobadados.
Mas isto é fixo e estático, ou não?
É possível projetar um domo em policarbonato que seja retrátil, quase como um teto que se abre e fecha, permitindo não apenas a entrada de luz, como também de ar, de acordo com o clima.
Este tipo de projeto precisa ser bem planejado, para que não hajam surpresas indesejadas, como infiltrações por entre os encaixes – daí a necessidade de mão de obra especializada na instalação.
Em edificações mais amplas, é possível criar um domo-claraboia bem mais definido, fixo, com placas de policarbonato curvados, formando um ângulo que permita o excelente caimento pluvial, inclusive, para aproveitamento da água.
A abertura para a ventilação não fica descartada, mas pode deixar de ser necessária, porque com o uso de uma placa reflexiva, o calor pode ser mantido no exterior do ambiente. A cor da placa também gera um efeito próprio, banhando tudo com uma claridade que pode ir do branco, ao sépia.
Pode ser de vidro também?
Grandes estruturas possuem claraboias e domos em vidro, não há uma contraindicação, até porque, este material é muito anterior ao policarbonato. Mas, há uma ressalva. A temperatura do ambiente.
O vidro tem toda uma tradicionalidade peculiar. Seu uso traz um requinte e luxo próprios, mas que também carregam a obrigatoriedade de um ar-condicionado mais potente. Principalmente quando o uso do vidro ocorre em superfícies maiores.
A luz passa integralmente, deixando tudo abaixo sentir o calor próprio do sol. Os efeitos, benéficos e indesejáveis vem junto. E o calor pode passar da conta, assim como o envelhecimento de tudo que é tocado pela luz.
A luz solar tende a deixar sinais em pisos, superfícies de madeira, e outros objetos com o tempo. E em questão de meses, todo o refinamento que o vidro trouxe para o ambiente passa a ter um peso, que só diminui com a instalação de artifícios que limitam a iluminação.
Neste caso, qual a vantagem em colocar uma claraboia, ou um domo para clarear o ambiente, quando é preciso uma camada de proteção – lustre, cortinas – que corte parte desta iluminação?